8.2.07

pai tão quanto filho ...


Acordou e seu filho já fez o café da manha, alias correu 20km, fez 100 abdominais, 50 apoios de frente! Tomou banho , escovou os dentes, vestiu-se, foi entrar no carro e ainda mal se acostumou a sentar no banco do passageiro, já que seu filho o leva antes de ir para à faculdade.
Senta, pega seus óculos, encontra aquela foto dele junto ao filho e lembra como ele é perfeito, pois aos 18 anos já estava matriculado na faculdade de direito e 6 meses depois era sevidor público concursado(ajudando nas dispesas). Agora com a foto na mão e tomado de conforto e satisfação agradece a Deus por ter um filho normal: cabelo curto, veste-se feito gente, sem brincos, não é gay (tem receios até de pensar em algo do tipo), respeita os pais , vai à igreja, bebe socialmente e tem várias namoradas (coisas da idade).
No domingo, vão a praia, nenhuma novidade. Porém seu filho aos 21 anos lhe dá um relógio em forma de agradecimento:- por minha educação, infância calma e confiança em meu potêncial pois eu não teria chegado onde... Um pressentimento, acorda, (in)felizmente agora é de verdade, vê se filho e seus 3 anos de cabelos cacheados de rebeldia às 5:30 e um olhar concetrado daquele pequeno ser para aquele que acordou e sem precisar ensaiar uma frase qualquer seja! Ele entendeu, o homem barbudo, com olhos marejados de um bocejo e desorientado pelo sonho esquesito, sabe que os dois tiveram o mesmo sonho , contudo o que somos, o que pensamos que somos, o que queremos ser e o que relmente somos é muito (quase) sempre diferente e invisível.